Ibama intensifica treinamentos para fiscalização ambiental aeroportuária

No intuito de aprimorar a fiscalização do Ibama no contexto aeroportuário, o Núcleo de Fiscalização Ambiental do Rio de Janeiro realizou o escaneamento de bens apreendidos, durante o período de junho e julho de 2014, em aparelhos de raios X no aeroporto Antônio Carlos Jobim – Galeão., no estado do Rio de Janeiro.

O objetivo foi salientar a importância da identificação de componentes da biodiversidade brasileira como animais silvestres, flora e seus subprodutos observados durante os procedimentos de escaneamento de bagagens.

Trata-se de um ensaio fotográfico que pretende instruir os Agentes de Proteção da Aviação Civil (APAC) que, dentre outras funções, são operadores especializados de equipamentos de raios X utilizados nos aeroportos brasileiros. Tais aparelhos são utilizados não só pelas companhias aéreas, como também pelos órgãos públicos envolvidos no contexto aeroportuário, assim como o Ibama, otimizando o trabalho realizado pela fiscalização ambiental.

O Brasil é signatário de diversas convenções e tratados internacionais que versam sobre o meio ambiente. Desta forma, o Ibama, executor da Política Nacional de Meio Ambiente em âmbito federal, tende a implementar unidades aeroportuárias nos aeroportos e portos do país, dentre eles o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.Neste entendimento, conclui-se que o presente trabalho dará inicio ao estudo das imagens geradas por equipamentos de raios X, com enfoque para bens de relevância ambiental passíveis de serem transportados, seja em bagagens acompanhadas ou despachadas.

Os trabalhos de fiscalização nos aeroportos brasileiros é fruto de uma parceria entre as diretorias do Ibama. A Diretoria de Qualidade Ambiental, Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas e Diretoria de Proteção Ambiental, que vem realizando treinamentos e ações de fiscalização em portos e aeroportos onde já vem apresentando resultados. Além disso, durante a Copa do Mundo 2014 foi intensificado a fiscalização para esse período com fluxo maior de turistas estrangeiros.

Na atividade realizada foram utilizados materiais biológicos e petrechos de caça oriundos de apreensões realizadas pelo Ibama no estado do Rio de Janeiro, tais como: quadro de borboletas, peças de vestuário contendo borboletas, ovos, caixas de transporte de passeriformes, artefatos indígenas confeccionados a partir de penas de aves silvestres, insetos, sementes, flores, estrelas do mar, couro bruto de grandes felinos abatidos, animais silvestres taxidermizados, carnes de caça e carcaças de animais.

Os aparelhos de raio X utilizados neste experimento fornecem imagens com colorimetria padrão, que diferencia materiais orgânicos e inorgânicos. Os materiais de interesse ambiental foram misturados a outros produtos como peças de vestuário e eletrônicos e acondicionados em malas de viagem para o escaneamento. O procedimento também poderá ser aplicado na fiscalização ambiental nos demais aeroportos brasileiros.

Ascom/Ibama
Fotos: Superintendência do Ibama/RJ